terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MEDO MORTAL - PARTE 4

Aconteceu o mesmo que da outra vez.
A equipe entrou no galpão sumindo lá dentro junto com o veículo. Leopoldo ficou ansioso, esperando pela volta deles. Deu uma verificada na cintura para sentir a presença da arma. Olhou ao redor. Ninguém. Estava começando a escurecer. Ele estava encostado no carro tentando ficar o mais despojado possível. Então eles reapareceram. Vinham os quatro juntos. Um deles se despediu e tomou outro rumo. Os outros três foram juntos até certo trecho da rua. Teve um que olhou na sua direção. Virou o rosto pra evitar um possível reconhecimento. Foi aí que outro se separou do grupo fazendo gestos de despedida. Era seu alvo. Leopoldo esperou que a dulpa se afastasse bastante dele. O mulato virou numa rua transversal.
  Então ele entrou no carro, ligou e foi atrás. Ultrapassou o sujeito e atravessou o carro na sua frente. Saiu e contemplou o rosto assustado do seu pretenso oponente. Retirou com habilidade o revólver da cintura. Antes que pudesse falar qualquer coisa, o empregado da prefeitura quase gritou:
   -  Ei cara! qualé?  Eu tô vindo do trabalho, tô liso. Não adianta nada me assaltar.
   - Isso não é um assalto. É um acerto de contas. Não lembra de mim? - Leopoldo já apontava a arma na sua direção.
  - Não tô lembrado não. O que eu te devo?
  Leopoldo não se preocupou em verificar se havia sinceridade naquela declaração. Pra ele o sujeito era perigoso e ponto final, embora naquele momento não visse os traços ameaçadores que vira na outra ocasião, mas estava decidido a se livrar do problema e pronto.
 - Nossa questão é pessoal. Você ameaçou a mim e minha família, portanto eu  vou ter de me livrar de você.
  -  Que é isso, cara? Vamos conversar, a gente vai acabar se entendendo. Abaixa essa arma.
 - Nada disso.  O tempo é curto. Não dá mais pra conversar fiado. Você devia aprender a não ameaçar qualquer um que encontra pelo caminho. Eu preciso preservar minha família.
  Fez mira.
  - Ei! Não faz isso.  Esp...
  O primeiro tiro acertou o peito do infeliz, que foi jogado no canto da estrada.
  Quando o segundo tiro atingiu sua cabeça, ele já estava morto.

CONTINUA.



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